Energia Solar residencial: Vantagens e Desvantagens

Conheça os benefícios da Energia Solar Residencial, como funciona a energia solar para residências, as vantagens de ter energia solar em casa e as melhores formas para aproveitar toda a energia solar para a sua casa!

          O Que É Energia Solar?

       

          Energia Solar Residencial é um termo cada vez mais presente em  noticiários e artigos técnicos.

          Energia Solar e refere à energia proveniente da luz e do calor do Sol. É atualmente utilizada por meio de diferentes tecnologias em constante evolução, como o aquecimento solar, a energia solar fotovoltaica, a energia heliotérmica, a arquitetura solar e a fotossíntese artificial.

          Está sendo considerada a energia mais aproveitável e promissora do mundo.

          Tecnologias solares são caracterizadas como ativas ou passivas, dependendo da forma como capturam, convertem e distribuem a energia solar. Entre as técnicas solares ativas estão o uso de painéis fotovoltaicos, concentradores solares térmicos das usinas heliotérmicas e os aquecedores solares. Entre as técnicas solares passivas estão a orientação de um edifício para o Sol, a seleção de materiais com massa térmica favorável ou propriedades translúcidas – que aproveitam sua luminosidade – ou ainda projetar espaços que façam o ar circular naturalmente.

          Como aproveitar a Energia Solar em casa?

          Com os crescentes aumentos do preço da tarifa de Energia Elétrica,  acima do IPCA (Indice de Preços ao Consumidor), a instalação de Sistemas Fotovoltaicos é uma excelente forma de aproveitar a Energia Solar.

De acordo com dados recentes, a tarifa média de energia elétrica no Brasil deveria aumentar 6,9% em 2023, conforme informado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Além disso, em 2023, foram incluídos R$ 40,3 bilhões em subsídios nas tarifas de energia elétrica pagas pelos consumidores, conforme dados da Aneel.

Esses aumentos podem intensificar a percepção dos brasileiros sobre o custo elevado da energia elétrica no país.

Embora não haja pesquisas públicas mais recentes que atualizem diretamente a percepção dos brasileiros sobre o preço da energia elétrica, os dados indicam que a tendência de aumento nas tarifas persiste, o que pode reforçar a opinião de que a energia elétrica é cara ou muito cara.

          As mesmas pesquisas demonstram que a maioria das pessoas entrevistadas conhecem e querem a solução para esse problema: gerar a própria energia através de placas solares que captam e convertem a luz do sol em eletricidade.

          Pode-se economizar até 95% da conta de luz, instalando um Sistema Solar Fotovoltaico em uma residência ou comércio.

          Certificações sustentáveis

           A energia solar é importante na preservação do meio ambiente.

          Segundo a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), para cada metro quadrado de coletor solar instalado evita-se a inundação de 56 metros quadrados de terras férteis, na construção de novas usinas hidrelétricas.

          Ela é considerada uma  forma sustentável de geração de energia, contribui com a redução de emissões de CO2 e possui baixo impacto ao meio ambiente durante todo o ciclo de vida de um sistema (extração de silício, industrialização dos componentes, instalação dos painéis e a operacionalização), seja uma usina solar ou um projeto de microgeração distribuída residencial. Por esse motivo, organizações como o Greenpeace e a WWF (World Wide Found for Nature) apoiam a inserção da energia solar na matriz energética mundial.

          Como funciona o Sistema Solar Voltaico

           O mais utilizado é chamado de  GRID-TIE e tem se popularizado no Brasil principalmente depois da regulamentação da modalidade de mini e micro geração distribuída, por parte da ANEEL, em 2012.

          O Sistema é conectado à rede da concessionária de energia.

          Quando expostas à radiação solar, as placas ou módulos solares, geram energia que é enviada a um inversor.

          O inversor converte essa energia para os padrões fornecidos pela concessionária em 127, 220 ou 380 Volts, dependendo da região e então a injeta no quadro geral de força elétrica da casa.

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          Todos os equipamentos que estiverem ligados no momento da geração, serão alimentados primeiramente pelas placas solares e, se houver sobra, o excedente de energia será enviado para a rede da concessionária.

          Quando a energia solar não for suficiente para alimentar os equipamentos, a energia necessária será fornecida pela rede elétrica convencional.

          Dependendo do equipamento instalado pode-se acompanhar online os dados de geração de energia em tempo-real pelo computador ou smartphone.

          As  sobras de energia durante o dia e a energia consumida da rede durante a noite ou em dias com pouco sol, serão registradas por um medidor bidirecional.

          Todos os meses a concessionária enviará a fatura de energia. Nela devem aparecer dois valores: o de energia consumida e o de energia injetada.

          O valor da energia injetada é utilizado como crédito energético e vai servir para abater do valor da energia consumida.

          Pode-se abater totalmente a energia consumida, que representa uma economia de até 95% no valor da conta, já que por resolução, as concessionárias de energia cobram a taxa mínima caso não haja consumo.

          Após o abatimento dos créditos havendo ainda saldo em favor do cliente, estes serão acumulados para abatimento posterior em até 5 anos. Caso os créditos não sejam suficientes para abater toda a conta, a diferença deverá ser paga pelo cliente à concessionária.

          Pode-se também incluir outros imóveis para abatimento do consumo, desde que estejam servidos pela mesma concessionária e sejam da mesma titularidade.

          Quais são as normas para a Energia Solar Residencial

       

          A Resolução Normativa nº 482/2012 da ANEEL, aprovada em abril de 2012, permitiu que consumidores brasileiros gerassem sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada, com a possibilidade de fornecer o excedente para a rede de distribuição local.

          Em 2022, houve uma atualização significativa com a aprovação da Lei nº 14.300/2022, que instituiu o Marco Legal da Microgeração e Minigeração Distribuída. Essa lei trouxe novas regulamentações para a geração distribuída de energia elétrica, incluindo mudanças no Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e a introdução de uma taxação progressiva sobre a energia injetada na rede.

          A ANEEL, por sua vez, atualizou suas normas para alinhar-se ao novo marco legal. A Resolução Normativa nº 1.000, que consolidou diversas resoluções anteriores, incluindo a 482/2012, passou a incorporar as diretrizes estabelecidas pela Lei nº 14.300/2022. Com isso, a Resolução 482 foi revogada, e as regras de geração distribuída foram aprimoradas e incorporadas na nova resolução.

          Portanto, as normas atuais para a energia solar residencial no Brasil são regidas pela Lei nº 14.300/2022 e pela Resolução Normativa nº 1.000 da ANEEL, que estabelecem as condições para a geração distribuída, incluindo aspectos como compensação de energia, prazos e procedimentos para conexão à rede de distribuição.

         

          Como instalar um sistema de geração de energia solar residencial

          Caso pretenda instalar um Sistema Fotovoltaico em sua casa, um dos primeiros cuidados é dimensionar a sua necessidade. Busque responder as seguintes perguntas:

          – Qual é a média de consumo mensal no ano?

          – Onde o sistema será instalado?

          Com base nessas informações, é possível dimensionar a quantidade de painéis solares que você vai precisar instalar no seu telhado.

          Pode-se simular uma instalação do sistema através da ferramenta , a Calculadora de Projetos Fotovoltaicos  criada pelo Banco do Brasil e WWF-Brasil. Ela analisa, de acordo com o consumo de eletricidade e localidade de um usuário, o potencial de economia na fatura de eletricidade e a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) proporcionados por um sistema fotovoltaico próprio.

 Através de bancos públicos ou privados pode-se fazer uso de linhas de financiamento de energia solar residencial para compra e instalação dos equipamentos. Muitas delas permitem pagar a parcela com a própria economia obtida na conta de luz,  tornando a aquisição dos sistemas fotovoltaicos mais acessível para boa parte da população.

          Cada distribuidora de energia, obedecendo a normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), possui seus padrões de instalação. Por isso, é prudente consultar previamente um integrador para ter todas as informações. Esse fará a apresentação de todos os documentos exigidos pela concessionária.

          Conclusão

          O incentivo à energia solar no Brasil é justificado pelo potencial do país, que é um excelente mercado para este setor energético por possuir grandes áreas com radiação solar incidente e está próximo à linha do Equador. Além disso, de acordo com o GBC Brasil (Green Building Council), uma outra vantagem da instalação da energia solar é a valorização imobiliária (imóveis sustentáveis se valorizam em até 30%).

          Mesmo considerando o custo ainda relativamente alto e do momento atual do pais com a possibilidade de alteração das regras, a energia solar residencial assim como toda a geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis  é de fato viável.

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