Mesmo em tempos de crise, diminuição de empregos e renda, vemos que alimento é algo que a população simplesmente não para de consumir. Porém, com menos dinheiro vemos o consumidor cada vez mais buscando refeições prontas e mais baratas evitando lugares sofisticados e caros.
Em se tratando de alimentos, um deles que está presente quase diariamente e principalmente na mesa do café da manhã é o pão. Segundo dados do setor de panificação e confeitaria, 98% da população brasileira consome produtos panificados.
Elaborado normalmente com farinha, geralmente de trigo ou outro cereal, água e sal, o pão pode ter várias formas. À sua receita básica podem ser acrescentados vários ingredientes, desde gordura , especiarias, carnes e embutidos, frutas secas ou frutas cristalizadas, dando ao produto final gostos e sabores diferentes e especiais.
Fermentação do Pão Caseiro
Na fabricação comercial de pães, normalmente utiliza-se um fermento industrializado que torna o processo mais rápido: obtém-se o pão assado de 4 a 6 horas do início do processo. Quando a fabricação é artesanal, normalmente utiliza-se a fermentação natural que demora 8 horas ou mais para todo o processo até obter-se o pão assado, porém obtém-se algumas vantagens:
- Sabor e textura melhores
- Baixo índice glicêmico
- Melhor capacidade de digestão
- Mais nutrientes
Pão integral, francês, italiano, português, de leite, de centeio; existe uma infinidade de tipos de pães, este versátil integrante da mesa do brasileiro.
Seguindo a tendência atual de buscar alimentos mais baratos, cada dia mais, ir à padaria e escolher dentre as variadas delícias está dando lugar ao hábito antigo das famílias de fazer o seu próprio pão.
Começa-se de forma acanhada, com o trivial, o mais tradicional pão de forma caseiro de ingredientes comuns e a medida que se vai dominando os detalhes, vai se incrementando a receita e produzindo os mais variados e saborosos pães.
É muito comum relatos de que nas primeiras produções o resultado não foi muito apreciado. O pão ficou muito duro, macio demais, queimado… até dominar-se definitivamente os segredos do fermento natural e os detalhes para o produto perfeito.
Também muito comum é encontrar relatos da grande satisfação diante dos comentários e elogios quando finalmente se domina a arte. A realização pessoal é indescritível.
Tornar essa atividade numa forma de ganhos é o próximo passo. Vende-se primeiramente para os amigos, depois começam a chegar cada vez mais encomendas até a utilização das redes sociais e aplicativos de troca de mensagens agilizam a divulgação e pedidos.
Não é incomum encontrarmos relatos de profissionais de outras áreas que encontraram na fabricação artesanal de pães a realização pessoal que buscavam, como Flávia Maculan, que abandonou o doutorado em biologia para virar padeira. Demian Takahashi, ex-designer gráfico, e a mulher dele, Claudia Fugita, ex-diretora de arte, hoje são sócios da Farinoca; os dois deixaram suas profissões para fazer pães na garagem de casa, que adaptaram para a produção.
Para quem deseja iniciar-se na fabricação, os ganhos são bastante interessantes podendo calcular-se o preço final de venda com um lucro de até 300%, dependendo do tipo de pão e da região de venda.

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