O empreendedorismo tem um papel relevante no Brasil. Cada vez mais brasileiros buscam montar o seu próprio negócio, por oportunidade ou por necessidade.

          De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2015/2016 (GEM) o Brasil se destacou mundialmente nos últimos três anos no indicador de  Atividade Empreendedora Total – que mede o percentual da população em idade produtiva prestes a abrir um negócio ou que tenha começado um há no máximo três anos e meio. De acordo com a pesquisa, o Brasil se equiparou a países como Finlândia e Canadá, nações com uma realidade econômica diferente.

          A mesma pesquisa aponta que 30% da população com idade entre 18 e 64 anos, pretende montar um negócio, dedicar-se a sua paixão e conseguir viver disso. São 45 milhões de pessoas dispostos a enfrentar a crise, com suas dificuldades econômicas, excessiva carga tributária, burocracia e tantas outras dificuldades.

          Considerando os negócios formais, o Brasil possui um índice de 17,2% de empreendedorismo de negócios  em fase inicial. Isso supera países como Estados Unidos, China, Alemanha e Índia.

           Ainda quando comparado com outros países, no Brasil 55% da população percebe boas possibilidades para começar a empreender na área onde vivem, perdendo somente para Estados Unidos e México.

          A importância dos pequenos

          Os pequenos negócios, cerca de 9 milhões de micros e pequenas empresas, respondem  por cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) segundo o SEBRAE. Além de ser responsável pela maior  parte da geração de emprego da população, os empreendedores têm importante responsabilidade na economia e produção da riqueza nacional.

          Importante ressaltar também que entre 2010 e 2014, a taxa de sobrevivência das empresas com até 2 anos passou de 54% para 77%. Em boa parte, essa melhora se deve à ampliação do número de Microempreendedores Individuais (MEI). Quando são excluídos da análise, a taxa de sobrevivência cresce apenas 4 pontos porcentuais, passando de 54% para 58%.

          O MEI causa um impacto positivo no cálculo da taxa de sobrevivência de empresas porque, além da taxa desse segmento ser mais alta, a sua participação no total de empreendimentos passou de 0% para 63% do total de empresas criadas, entre 2008 e 2012.

          Empreendedorismo: O dilema dos Empreendedores

          Um dos grandes dilemas para todo potencial empreendedor é:

          Esse realmente é um bom negócio?

          O  passo inicial para responder é ter certeza  quanto à oportunidade de negócio identificada. Existe uma grande diferença entre uma ideia e uma oportunidade de negócio.

          Empreendedores normalmente confundem isso, o que pode ocasionar o insucesso do negócio. A ideia normalmente está associada à paixão, fascínio. A fixação à ideia impede a análise racional e de validação. A análise detalhada e com o devido distanciamento emocional é a melhor forma de avaliação de uma ideia. O Plano de Negócios é o melhor caminho para isso.

          A necessidade do mercado, a existência de potenciais clientes é que determina se uma ideia se transforma em oportunidade.  Um produto ou serviço diferente ou inovador que agregue valor ao seu consumidor final e que tenha potencial de gerar lucros identifica uma oportunidade de negócio.

          Uma boa oportunidade possui também uma validade, um momento. Ela pode se tornar ultrapassada em poucos meses ou ano. A empresa deve estar atenta à mudança de comportamento no consumidor e se adaptar ao novo cenário sob o risco de ter comprometer o negócio.

          A sazonalidade – reduções ou aumentos significativos no consumo em determinadas épocas do ano – também precisa ser considerada e quando em índices elevados obrigam os empreendedores a caras manobras de estoque, por exemplo.

          A importância do empreendedor se atualizar

          Uma empresa somente é criada e permanece no mercado se nasceu e está aproveitando as oportunidades à sua volta. O empreendedor precisa estar sempre atento ao que está acontecendo ao redor do seu negócio.

          Vivemos um momento dinâmico nos negócios e economia, o que torna a informação imprescindível ao empreendedor. É muito importante manter-se atualizado através de livros, revistas, participar de feiras, exposições, associações comerciais, workshops corporativos, conversar com seu contador, clientes, funcionários ou mesmo a concorrência.

          Todas as informações devem permitir revisões de estratégia, de plano de negócios e até da administração financeira. Muito tempo para revisar a base do seu negócio, além de mantê-lo desatualizado, faz com que o empreendedor perca o foco e posteriormente tenha muito mais trabalho para colocar tudo em ordem novamente.