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Energia Solar residencial: Vantagens e Desvantagens

          O Que É Energia Solar?

          Energia Solar Residencial é um termo cada vez mais presente em  noticiários e artigos técnicos.

          Energia Solar e refere à energia proveniente da luz e do calor do Sol. É atualmente utilizada por meio de diferentes tecnologias em constante evolução, como o aquecimento solar, a energia solar fotovoltaica, a energia heliotérmica, a arquitetura solar e a fotossíntese artificial.

          Está sendo considerada a energia mais aproveitável e promissora do mundo.

          Tecnologias solares são caracterizadas como ativas ou passivas, dependendo da forma como capturam, convertem e distribuem a energia solar. Entre as técnicas solares ativas estão o uso de painéis fotovoltaicos, concentradores solares térmicos das usinas heliotérmicas e os aquecedores solares. Entre as técnicas solares passivas estão a orientação de um edifício para o Sol, a seleção de materiais com massa térmica favorável ou propriedades translúcidas – que aproveitam sua luminosidade – ou ainda projetar espaços que façam o ar circular naturalmente.

          Como aproveitar a Energia Solar em casa?

          Com os crescentes aumentos do preço da tarifa de Energia Elétrica,  acima do IPCA (Indice de Preços ao Consumidor), a instalação de Sistemas Fotovoltaicos é uma excelente forma de aproveitar a Energia Solar.

          Segundo pesquisa em 2018 da Ibope Inteligência, feita para a Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), 83% dos brasileiros consideram o preço da sua energia como cara ou muito cara.

          A mesma pesquisa mostrou ainda, que 89% desses brasileiros conhecem e querem a solução para esse problema: gerar a própria energia através de placas solares que captam e convertem a luz do sol em eletricidade.

          Pode-se economizar até 95% da conta de luz, instalando um Sistema Solar Fotovoltaico em uma residência ou comércio.

          Certificações sustentáveis

           A energia solar é importante na preservação do meio ambiente.

          Segundo a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), para cada metro quadrado de coletor solar instalado evita-se a inundação de 56 metros quadrados de terras férteis, na construção de novas usinas hidrelétricas.

          Ela é considerada uma  forma sustentável de geração de energia, contribui com a redução de emissões de CO2 e possui baixo impacto ao meio ambiente durante todo o ciclo de vida de um sistema (extração de silício, industrialização dos componentes, instalação dos painéis e a operacionalização), seja uma usina solar ou um projeto de microgeração distribuída residencial. Por esse motivo, organizações como o Greenpeace e a WWF (World Wide Found for Nature) apoiam a inserção da energia solar na matriz energética mundial.

          Como funciona o Sistema Solar Voltaico

           O mais utilizado é chamado de  GRID-TIE e tem se popularizado no Brasil principalmente depois da regulamentação da modalidade de mini e micro geração distribuída, por parte da ANEEL, em 2012.

          O Sistema é conectado à rede da concessionária de energia.

          Quando expostas à radiação solar, as placas ou módulos solares, geram energia que é enviada a um inversor.

          O inversor converte essa energia para os padrões fornecidos pela concessionária em 127, 220 ou 380 Volts, dependendo da região e então a injeta no quadro geral de força elétrica da casa.

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          Todos os equipamentos que estiverem ligados no momento da geração, serão alimentados primeiramente pelas placas solares e, se houver sobra, o excedente de energia será enviado para a rede da concessionária.

          Quando a energia solar não for suficiente para alimentar os equipamentos, a energia necessária será fornecida pela rede elétrica convencional.

          Dependendo do equipamento instalado pode-se acompanhar online os dados de geração de energia em tempo-real pelo computador ou smartphone.

          As  sobras de energia durante o dia e a energia consumida da rede durante a noite ou em dias com pouco sol, serão registradas por um medidor bidirecional.

          Todos os meses a concessionária enviará a fatura de energia. Nela devem aparecer dois valores: o de energia consumida e o de energia injetada.

          O valor da energia injetada é utilizado como crédito energético e vai servir para abater do valor da energia consumida.

          Pode-se abater totalmente a energia consumida, que representa uma economia de até 95% no valor da conta, já que por resolução, as concessionárias de energia cobram a taxa mínima caso não haja consumo.

          Após o abatimento dos créditos havendo ainda saldo em favor do cliente, estes serão acumulados para abatimento posterior em até 5 anos. Caso os créditos não sejam suficientes para abater toda a conta, a diferença deverá ser paga pelo cliente à concessionária.

          Pode-se também incluir outros imóveis para abatimento do consumo, desde que estejam servidos pela mesma concessionária e sejam da mesma titularidade.

          Quais são as normas para a Energia Solar Residencial

          A Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) foi aprovada em abril de 2012 e desde então o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e, inclusive, fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade.

          O que pode mudar

          Uma  proposta está em audiência em 2019, e tem como objetivo analisar diferentes alternativas para o sistema de compensação de energia elétrica, tendo em vista a necessidade de definir uma forma de valoração da energia injetada na rede que permita o crescimento sustentável da geração distribuída no Brasil.

          Os estudos indicam que a manutenção indefinidamente, das regras aprovadas em 2012 pode resultar em custos elevados para os demais usuários da rede, que não instalaram geração própria.  Nesse sentido, seria necessária uma modificação delas após uma maior consolidação do mercado de geração distribuída.

          Na prática, significa que a energia que o cidadão produz e injeta na rede da distribuidora passaria a valer entre 25 e 30% a menos do que a energia que ele consome da rede. A proposta que este valor seja proporcionalizado para cada distribuidora de acordo com o tamanho do mercado de energia elétrica que ela tem em baixa tensão, ou seja, em algumas áreas as regras mudariam antes do que em outras.

          Como ficam os que já estão conectados à rede

          Não se pode apelar juridicamente para manter as regras atuais de valoração da energia gerada pelo cidadão, pois a  Resolução Normativa 482/2012 não é uma lei, e sendo assim tem uma hierarquia inferior e não gera direito adquirido, porém a Aneel tem se manifestado repetidas vezes, durante este novo processo de revisão pelo qual a Resolução 482 está passando, e vem sinalizando que ela irá respeitar o consumidor que tiver aderido ao sistema de compensaçãoantes da publicação das novas regras.

          Como instalar um sistema de geração de energia solar residencial

          Caso pretenda instalar um Sistema Fotovoltaico em sua casa, um dos primeiros cuidados é dimensionar a sua necessidade. Busque responder as seguintes perguntas:

          – Qual é a média de consumo mensal no ano?

          – Onde o sistema será instalado?

          Com base nessas informações, é possível dimensionar a quantidade de painéis solares que você vai precisar instalar no seu telhado.

          Pode-se simular uma instalação do sistema através da ferramenta , a Calculadora de Projetos Fotovoltaicos  criada pelo Banco do Brasil e WWF-Brasil. Ela analisa, de acordo com o consumo de eletricidade e localidade de um usuário, o potencial de economia na fatura de eletricidade e a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) proporcionados por um sistema fotovoltaico próprio.

 Através de bancos públicos ou privados pode-se fazer uso de linhas de financiamento de energia solar residencial para compra e instalação dos equipamentos. Muitas delas permitem pagar a parcela com a própria economia obtida na conta de luz,  tornando a aquisição dos sistemas fotovoltaicos mais acessível para boa parte da população.

          Cada distribuidora de energia, obedecendo a normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), possui seus padrões de instalação. Por isso, é prudente consultar previamente um integrador para ter todas as informações. Esse fará a apresentação de todos os documentos exigidos pela concessionária.

          Conclusão

          O incentivo à energia solar no Brasil é justificado pelo potencial do país, que é um excelente mercado para este setor energético por possuir grandes áreas com radiação solar incidente e está próximo à linha do Equador. Além disso, de acordo com o GBC Brasil (Green Building Council), uma outra vantagem da instalação da energia solar é a valorização imobiliária (imóveis sustentáveis se valorizam em até 30%).

          Mesmo considerando o custo ainda relativamente alto e do momento atual do pais com a possibilidade de alteração das regras, a energia solar residencial assim como toda a geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis  é de fato viável.

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